quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Capítulo 0 - Prólogo - O Escritor

Nossa, daqui uns dias vai completar três anos de que eu escrevo neste blog. Passei por tanta coisa enquanto escrevia, tantas coisas que estavam à flor da pele, que eu geralmente tinha que reler depois para saber o que eu estava fazendo. Foi engraçado até ser um bebê chorão com seus hormônios e sua puberdade fazendo graça, mas bom, tudo tem seu fim. Eu passei por altos e baixos, e muitas mudanças, e como este blog é parte de mim, ele também passará por mudanças, começando por agora. Estive bem apreensivo de como este blog iria ficar com estas cores e coisas novas. Por exemplo, não haverá mais trechos de músicas no topo dos posts (sim, eu também amava aquilo), pois estavam se esgotando as opções e minha memória pras coisas tem ficado igual a um senhor de sessenta anos. Bom, vou deixar vocês curtirem o primeiro post desta nova fase, espero que gostem!
Ass: Gustavo S., blogueiro (:
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                                                                O ESCRITOR
30XX. Um ano sensato até, para tanta bagunça. Ele passara as três últimas semanas sobrevivendo à base de pizza requentada e refrigerante. Ele está bem acima de peso, sua auto-estima faz muito tempo que sumiu, junto com todo o resto. Ele continua sentado na sua cadeira e deitado sobre sua escrivaninha, aparentemente ou ele gosta muito de lá, ou não gosta de muita coisa daqui. Realmente, ele não combina com todos aqueles papéis jogados aos montes cheios de palavras que ele gostaria de dizer para o mundo. 

- Abominável mundo das neves, eu odeio você.

Era época de inverno. As pessoas saem aos montes com suas blusas para os lugares populares, fazer compras e todas essas coisas. O rapaz continua lá, cochilando sobre seus rascunhos, enquanto o vento bate na sua janela, dizendo que quer entrar. Sua irmã bate em sua porta mais uma vez, avisando que irá sair para trabalhar. Ele é muito jovem, mas muito velho para pensar em sair. Théo, assim é como chamaremos o nosso herói. Ele se tornou o que há muito tempo condenava, gordo, barbudo, cabeludo e preguiçoso. Sua irmã tentara em vão mudar sua perspectiva de vida, mas o que ela poderia fazer se tudo o que ele gostava de fazer era ficar o dia todo escrevendo com aquela pena com tinteiro que seu avô tinha lhe dado. Era de um formato interessante esse tinteiro, a pena era completamente preta como de um urubu, e o tinteiro era vermelho transparente, tornando a união dos dois uma combinação em degradê perfeita.

- Sabe, não vai ter pai-de-santo que te faça feliz no futuro se tudo o que faz é ficar aí, comendo porcarias e escrevendo.

- Ah, cala boca, Victor.

Victor aparecera na sua janela, como de costume. Ele tinha permissão para entrar pela porta, mas talvez ele fosse algum tipo de doente mental que achava que a janela era a porta da frente. Victor era loiro, tinha cabelos curtos com um topete alto e uma barbicha preta. Ele era a única pessoa que mantinha contato com Théo.

- Sério cara, eu tô preocupado contigo. Tu passa o dia todo aí, não acha que tá na hora de pensar no que vai fazer da vida?

- Vou ser um escritor!

- Cara, você sabe muito bem que isso não tem futuro. Estamos numa época onde os mais famosos são aqueles que não tem nada a dizer.

- Dane-se.

No meio desta discussão, o tempo pára. Tudo em volta está congelado, menos Théo. Théo está pasmo, o que estava acontecendo? Théo passa as mãos na frente de Victor, que congela em cima da sua janela. As cortinas continuam estáticas no meio do ar, como se não existisse resistência ou movimento. Até mesmo o relógio congelou. E de repente, um buraco no meio de sua parede com flashes roxos e pretos sai da sua parede. E então, de lá sai um rapaz alto, com olhos avermelhados e cabelos loiros usando uma armadura vermelha-sangue com detalhes dourados, ofegante:

- Mestre, precisamos de você!

-Hã????

-Você mesmo, vamos logo!

E assim começa a aventura de Théo, um garoto que de repente se tornou mestre de um rapaz de armadura. 

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